Na
manhã de quarta-feira, 04 de outubro, um grupo de estudantes do 9º ano do
Ensino Fundamental – Anos Finais e da 1ª série do Ensino Médio participou do
Espaço Jovem Cientista, evento promovido pelo Museu de Ciências e Tecnologia
(MCT) da PUCRS em paralelo ao 18º Salão de Iniciação Científica da
Universidade. O Colégio Farroupilha teve seis projetos de pesquisa aprovados. Veja
aqui as fotos.
No
evento científico, os estudantes apresentaram os seus trabalhos a uma banca de
avaliadores. A estudante Luana Z., do 9º ano, desenvolveu uma composteira para
casas e condomínios. Orientada pelos professores Andersson Bairros e Rafael
Ribeiro Soares, ela descobriu que 52% do lixo produzido no Brasil é orgânico e
que se ele é colocado somente em aterros sanitários, ele emite o gás metano,
altamente prejudicial à camada de ozônio. “A composteira orgânica pode ser
colocada em casas individuais ou em condomínios em larga escala. Isso vai
estimular nas pessoas o consumo de alimentos mais saudáveis e orgânicos”, afirmou.
Em pesquisas na Internet, Luana descobriu que as composteiras atuais são muito
grandes e ficam no chão. O modelo criado pela estudante é composto por três
baldes e uma torneira. “No balde mais próximo do chão é onde fica o adubo,
conhecido como chorume, um líquido que se mistura à água para depositar na
planta, e também a torneira para tirar o adubo. No segundo balde, fica a terra
com as minhocas, e, no último, a serragem com o lixo orgânico. As minhocas
sobem para o último nível para digerir o líquido e depositar os seus dejetos
para que seja produzido o adubo”, explicou.
O
grupo formado por Andressa M., Marília B., Bibiana N., Manuela S., João Vítor
T. e Eduarda M., da 1ª série do Ensino Médio, desenvolveu o trabalho “Neoplasia
cerebral em modelos de impressão 3D: é possível com a ajuda de impressões 3D
facilitar o tratamento?”. Tendo como foco a quimioterapia, os estudantes
realizaram um experimento na impressora 3D do colégio, com o objetivo de dar
mais uma opção de diagnóstico aos médicos. “A nossa ideia é dar possibilidade
deles analisarem os tumores não somente em imagem 2D, como exames de
ressonância magnética ou tomografia, e que com a impressão 3D os médicos teriam
uma visão mais exata do que está acontecendo com o paciente”, salientou
Andressa. Depois de imprimirem um protótipo na impressora, os estudantes realizaram
uma pesquisa com médicos e também com pacientes, perguntando se eles gostariam de
ter este tratamento, já que seria mais acessível.
As
irmãs Carolina e Juliana, da 1ª série do Ensino Médio, gostariam que as mudas
de plantas frutíferas adquiridas por elas dessem frutos de melhor qualidade. No
Espaço Jovem Cientista, as estudantes apresentaram o projeto “É possível um
mundo sem abelhas? A influência de polinizadores no espaço urbano”. Elas
descobriram que quem poliniza as plantas são as abelhas, e foram em busca de
uma melhor polinização das plantas. “Descobrimos que meliponíneos nativos são
abelhas sem ferrão, conhecidas pela polinização nas plantas”, contou Caroline.
Para atraí-las, as estudantes criaram um ninho-isca, composto por garrafa PET,
um atrativo com própolis, jornal e saco plástico. Os ninhos foram colocados no
jardim da cobertura, no térreo do condomínio em que elas moram e em ninhos de
jataí já existentes no Farroupilha.