
Como parte da campanha de prevenção contra o
bullying, a comunidade escolar participou, na noite de terça-feira, 08 de
novembro, do último encontro do programa Cuidar é Básico do ano, com o escritor
e cronista Fabrício Carpinejar. Com o tema “Vamos falar sobre bullying!”, o
evento abriu com uma fala do professor de História do Ensino Fundamental – Anos
Finais, Eduardo Soares sobre uma ex-aluna, chamada Maria, que o tocou durante a
sua trajetória profissional. “Ao finalizar uma aula sobre violência simbólica
para uma turma do Ensino Médio, vi uma aluna no fundo da sala irritada com a
sua vida, pois sofria bullying dos colegas”, relembra. Eduardo trouxe fotos
feitas por Maria, que hoje é sua amiga, sobre como é sofrer bullying.
Confira como foi o Dia Mundial de Combate ao
Bullying no Farroupilha.
As alunas Paula Ferracini, da 3ª série B, e
Luísa Salles, do 6º ano B, conversaram com as famílias sobre o trabalho que é
feito no Colégio Farroupilha. “Fechar os olhos para o bullying é fechar os
olhos para uma realidade muito triste. A desculpa é a brincadeira, mas é
preciso ensinar desde criança que deixa de ser uma brincadeira quando alguém
não se diverte”, destacou Paula. Já Luísa salientou que é preciso buscar ajuda.
“O colégio está ao nosso lado e não precisamos ter medo de falar para os
professores e coordenadores”. Nauro Mittmann, pai de duas alunas da escola,
questionou os presentes sobre a relação de pais e filhos. “Estou criando
condições para elas passarem por cima dos agressores? Não se trata somente de
combater o bullying, e sim de lidar e conversar sobre ele”, frisou.

Fabrício Carpinejar iniciou a sua palestra
chamando a atenção para o quanto as pessoas transformam felicidade em angústia
e que não se pode ser melhor do que é. “Tentamos ser melhores do que somos e
sofremos por dores imaginárias”. Ele contou que sofreu bullying na infância e
que nunca podia comer no refeitório da escola porque precisava dar o seu lanche
para os considerados “mais fortes”. “Não contava para os meus pais, eu tentava
resolver. Era uma violência acordar todos os dias”, lembra. Porém, Carpinejar
encontrou no senso de humor a saída para o problema e começou a rir de si
mesmo. “O agressor é burro, ele só ganha por nocaute e fica frágil quando tu
reages. Consegui transformar o meu sofrimento em criatividade e me orgulho
disso”. Veja aqui algumas fotos.
Imprensa Jovem
Além de os alunos terem se envolvido na preparação do evento e participando dos talk shows, alguns estudantes integraram a Imprensa Jovem, fazendo registros fotográficos e sugestões de texto que foram postados nos canais de comunicação do Colégio.