Na noite de terça-feira, 05 de julho, a psicóloga Carolina
Lisboa foi a convidada do encontro do programa Cuidar é Básico especial XXXI
Feira do Livro. Com o tema “Bullying: como identificar e como orientar nossos
filhos”, a especialista trouxe para as famílias alguns mitos e fatos sobre o
assunto. “Ele não é inofensivo, e não é uma brincadeira. Quando temos alguém em
sofrimento, já não é mais uma brincadeira”, afirmou.
O bullying, segundo Carolina, vem da formação da identidade
e da cognição social. Ela explica que no processo de formação da identidade a
criança precisa saber quem ela é e, também, quem ela não é. Já a cognição
social consiste nos pensamentos orientados para interagir socialmente, e é aí
que entra a classificação das pessoas. “O problema é atribuir julgamento de
valores para essa classificação. Isso, muitas vezes, é determinado pela
religião, pela cultura e pela formação dos pais. Cabe à família e à escola
orientar e dizer o que é certo e o que é errado”, destacou.
As famílias devem evitar passar “duplas mensagens” para os
filhos, ou seja, falar que é feio mentir ou colocar apelidos nas pessoas, mas
fazer tais atitudes. “Às vezes menosprezamos o impacto que temos na formação de
identidade dos nossos filhos”, alertou Carolina. Na escola, o bullying faz mal
para toda a turma. “Dizer não ao bullying é dizer não ao preconceito”.
Tipos de Bullying
Verbal – deboche, ironias, apelidos
Físico – chutes, empurrões, agressões
Relacional – ameaças, acusações injustas, roubos de dinheiro
e pertences
Cyberbullying
Como identificar se o seu filho está sofrendo bullying
- A criança e/ou o adolescente apresenta lesões;
- A criança e/ou o adolescente tem mudanças bruscas de
humor, irritabilidade;
- A criança e/ou o adolescente está mais isolado;
- A criança e/ou o adolescente apresenta atitudes hostis;
- A criança e/ou o adolescente começa a mentir;
- A criança e/ou o adolescente não quer ir mais à escola;
- A criança e/ou o adolescente volta para casa com as roupas
amarrotadas ou rasgadas.