Acesso rápido a uma maior quantidade de informação e uma infinidade de ferramentas que ampliam as possibilidades de comunicação e interação, favorecendo o trabalho colaborativo e cooperativo, possibilitando o desenvolvimento da autonomia, da autoria e da co-autoria. Assim podemos mensurar algumas das possibilidades surgidas a partir do uso da tecnologia na educação, tema da última edição do ano da Revista Farroupilha. Para que o aprendizado ocorra é necessário que o aluno tenha um problema, uma questão que o inspire, mobilizando-o para a busca da informação. Ao ter acesso à informação, mediada e orientada pelo professor, ele estabelece relações com o que já conhece, buscando atribuir sentidos a essa informação, a esse conteúdo, significando-o e transformando-o em conhecimento.
Para exemplificar algumas formas de aprendizagem proporcionadas pela tecnologia, a publicação traz em suas 44 páginas cases de todos os níveis de ensino. Através deles, percebe-se o quanto essa ferramenta é importante para personalizar, individualizar o ensino conforme a necessidade do aluno e colocar o estudante no centro dos processos, proporcionando a quebra de tempo e espaço, fazendo com que a aprendizagem aconteça de forma interdisciplinar e em vários momentos e situações do dia a dia.
Doutora em Informática na Educação e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a professora Eliane Schlemmer lembra, na matéria especial, que a tecnologia só será capaz de potencializar a aprendizagem se existir uma mediação pedagógica competente, em um contexto metodológico que instigue o sujeito da aprendizagem a fazer perguntas, a estabelecer relações entre o que já conhece e a nova informação. “A aprendizagem acontece de forma integrada, baseada na pesquisa, na manipulação, na exploração, na experimentação e na descoberta, por meio da identificação e da resolução de problemas”, alerta a especialista.
Neste contexto, o professor é mediador e co-participante, assumindo funções de facilitador, de articulador e de orientador da aprendizagem. “O conteúdo é construído a partir da criação de redes de informação, o que incentiva a atividade do sujeito/aluno, o desenvolvimento da autonomia, da autoria, a partir de processos de interação mútua, de processos constantemente construídos por meio de negociações realizadas pelos interagentes”, destaca a coordenadora do Grupo de Pesquisa Educação Digital da Unisinos.
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