As redes sociais e o envolvimento das crianças e dos
adolescentes no mundo digital é uma preocupação constante das famílias. Como
saber o que o meu filho posta? Qual é o limite para vigiar o que ele anda
fazendo nas redes sociais? Estas questões foram trazidas pelos pais durante o
encontro geral do Cuidar é Básico na noite de segunda-feira, 27 de abril. Os convidados do encontro, que teve como tema “Redes
sociais: apoio ou armadilha?”, foram o psiquiatra e psicanalista Luiz Carlos
Osório, o advogado e consultor jurídico Marcelo Oronoz e o músico e pai de
aluno do Farroupilha, Thedy Corrêa.
As famílias presentes foram quase unânimes em afirmar da
importância em saber como o filho se comporta nas redes sociais, mas que tinham
dúvidas de como fazer isso. Thedy destacou que as redes sociais têm um grau de
participação tanto pública, ou seja, é possível postar algo para todos os seus
amigos no Twitter e no Facebook, quanto privada, quando se usa o aplicativo de
conversas Whatsapp. A solução, para Luiz Osório, é ter uma relação de confiança
e de conversa. “Conversar significa mudar juntos, não doutrinar. É necessário
que os pais e os filhos cheguem ao entendimento e que cada um consiga se
colocar no lugar do outro”.
Uma relação de confiança e de conversa constante ajuda,
também, a evitar que a criança ou o jovem tenham comportamentos inadequados nas
redes sociais, explica o advogado Marcelo Oronoz. “Os pais devem trazer para os
filhos uma introdução do que o mundo digital representa. Falar dos cuidados das
postagens e sobre o que representa publicar algo que pode denegrir a imagem de
alguém”, explica.
Para os especialistas, a escola deve auxiliar a família no
assunto, trazendo para a sala de aula atividades e conteúdos de conscientização
sobre o uso das redes sociais. No caso do Colégio Farroupilha, desde 2012 a comunidade
escolar tem à disposição o Guia de Postura das Redes Sociais, que traz dicas e
informações sobre como se comportar no mundo digital.