Compartilhar conhecimento para que ele continue sendo a fonte móvel e viva da produção infinita de coisas capazes de mudar, para melhor, a vida dos estudantes e de toda a sociedade. Essa é a premissa básica dos projetos e das iniciativas, que promovem uma aprendizagem conectada e colaborativa, tornando alunos protagonistas de mudanças na sociedade, retratados na última edição do ano da Revista Farroupilha.
Em tempos de transformações instantâneas, a escola do século XXI reinventa a relação com o saber todos os dias para tornar-se um espaço de aprendizagens inspiradoras para a vida do aluno. Nesse cenário de mudanças, a educação com visão inovadora aposta na personalização da aprendizagem, na conexão dos espaços escolares com o mundo real, no interesse comum do aluno em aprender, na tecnologia cada vez mais presente e no professor como designer do aprendizado.
O sucesso na sociedade contemporânea, conforme o professor responsável pelo grupo Lifelong Kindergarten no Massachusetts Institute of Technology Media Lab, Mitchel Resnick, um dos entrevistados na matéria especial, é baseado não somente no que você sabe ou no quanto você sabe, mas na sua capacidade de pensar e agir criativamente. A aprendizagem, conforme o especialista, é mais eficaz quando integra e envolve as pessoas (e principalmente as crianças) em experiências que despertam o potencial de criatividade de cada uma delas. “Acredito que as crianças podem gerar e desenvolver suas próprias ideias, experimentá-las e testar os seus próprios conhecimentos porque a informação só é útil quando ela é transformada em conhecimento”, explica.
Atividades que instigam os alunos a colocar a “mão na massa”, como as oferecidas pelo Movimento #daescolapravida, pelo Grupo de Voluntariado e pela plataforma colaborativa Social Funding, despertam neles a cidadania, o engajamento, a solidariedade, a busca pelo conhecimento e os estimulam a serem agentes de transformação no espaço escolar e nas comunidades nas quais estão inseridos. Realizadas em parceria com as famílias e com organizações e grupos coletivos, essas ações são marcadas pela interdisciplinaridade, fazendo com que os estudantes compreendam conceitos mais complexos ou abstratos enquanto uma série de outras competências - como liderança, integração, capacidade de resolver problemas, de fazer acordos, de analisar dados, de trabalhar em grupo, de compartilhar experiências - é trabalhada com o intuito de dar sentido ao que se aprende.